domingo, 8 de abril de 2012

Dias...


As ruas são as mesmas,
Alguns rostos conhecidos, lugares, sensações.
Caminhos por onde andei, andaste.
Mas a saudade não é a mesma. É outra.
Maior.

Por que é que não me esqueço de ti?
Por que é que não me lembro de mim?
Onde fui, estou, fiquei?
Em que dia me perdi?

Que saudade é essa que nunca passa,
alimenta-se dos dias longe de ti, longe de mim,
dos amores que preenchem, abastecem a vida?

Os dias, tudo o que te separam de mim.
Dias passados, horas felizes, angústia e medo as levaram.
Dias futuros, incerteza do que está por vir.
Quando virei, por fim? Quando virás?

Há uma multidão lá fora.
Há um vazio aqui dentro.
Dia, presente.

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