terça-feira, 30 de outubro de 2012

Tempestade

A tempestade acalmou o coração
aqui dentro, a esperança me visitou
Da janela, o vento levava a vida,
para longe. Levou a dor. Que contradição.

Numa nova e fria manhã,
A vida para muitos não voltou. A dor sim.
Que hoje a tempestade é outra.
Aqui dentro, mais forte. Quer novamente arrancar a vida.

Vento forte da intensidade do meu medo.
Gritos abafados o fazem maior.
A verdade é que todos buscamos abrigo.
No amor. No teu olhar, a calmaria.

Que grande engano.
A tempestade sentimos todos nós.
Perdidos, jogados à fúria do tempo.
A tempestade cessou. O tempo nunca.




domingo, 21 de outubro de 2012

Flores

Que sentimentos serão esses
escondidos atrás das cores
de flores que me fizeram sorrir.
Numa noite eterna e breve.

Em teus olhos queria estar, enchergar-me através de ti.

Com que cores me veria?
Que nome me chamaria?
Que emoções de mim teria?

Ah se pudesse me ver através dos teus pensamentos.

Que palavras guardaria?
Que sonhos comigo teria?
Quem me dera conhecer que partes de mim conheces.

Flores de vidro não morrem.
As flores que me deste são reais.
Morrem. Mas alimentam-me o sonho.

Em teus olhos queria adormercer, para que quando
também tu adormecido, encontrassemo-nos
num tempo sem tempo, num lugar sem distância,
sem medo, sem partida. Apenas chegada.

sábado, 13 de outubro de 2012

O dia em que meu mundo resolveu mudar

Ainda cheio de dor
acordou cedo, buscara alívio no sonho
foi expulso de lá.

Da janela de um dia azul,
com uma luz que não deixava ver,
espreitar para onde foste,
lembrou-se:

Da força que trazia escondida.
Do desejo de ser maior.
Da esperança de sorrir.
Do amor que ainda pode dar.

Pedaços rasgados não
voltam à forma original.
Coração ficou fora de forma.
Mas ainda bate, baixinho.